Muito mais que um simples emprego

Dependendo da maneira como conduz o negócio, o empreendedor pode transformar o sonho da própria empresa em um auto-emprego

Sempre que decide abrir a própria empresa, o empreendedor costumeiramente é alertado para a possibilidade de se tornar um “auto-empregado”, questão que somada a outros fatores é vital para o sucesso ou para o fracasso de um empreendimento. Na avaliação do professor Fernando Dolabela, o auto-empregado é também um empreendedor. “A ampliação do negócio dependerá da natureza do sonho e da visão de cada indivíduo, que define a natureza do seu empreendimento, o tamanho, a forma de atuação”, aponta. Segundo Dolabela, o negócio deve ter elevada congruência entre o ego e o sonho do indivíduo. Ao mesmo tempo em que a rede de relações, tanto internas como externas, que ele é capaz de estabelecer influi fundamentalmente no tamanho e na abrangência do seu empreendimento. “Muitos não conseguem expandir o seu negócio por conseguir ampliar a sua rede de relações, elemento fundamental no empreendedorismo”, instrui Dolabela.

“O auto-empregado não necessariamente possui características empreendedoras em quantidade suficiente para ser bem-sucedido”, analisa o consultor e professor Álvaro Mello. “Daí a importância de se avaliar o perfil empreendedor para detectar os pontos fortes e fracos das atitudes empreendedoras”, sugere. Ao decidir abrir seu próprio negócio, o empreendedor tem consciência de que ter a própria empresa é muito mais do que um simples emprego. “Se ele não tiver essa consciência, está fadado a quebrar, pois o sucesso do negócio, principalmente nos cinco primeiros anos, depende da dedicação exclusiva do empreendedor. Logo, não poderá limitar sua atuação a horários de trabalho, por exemplo, como é o caso de um empregado”, ensina.

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